A quebra estética do grime com a Raridade Records
Uma conversa sobre os fundamentos do movimento e os projetos do coletivo paranaense

O grime é uma cena complexa, muitas vezes difícil de se entender quando se vê de fora — é a energia ácida, crua e complexa do gênero. Um dos papéis mais importantes em qualquer cena cultural é a divulgação de conhecimento, sendo a principal forma das coisas crescerem e chegarem nas pessoas.
Com seu núcleo em Maringá, PR, a Raridade Records se propõe a fazer isso. O coletivo vem, há pouco mais de um ano, movimentando a cena de um jeito diferente — com sets e lançamentos, claro — mas trazendo conteúdos que abordam os diversos temas que compõem a cultura e conectando pessoas do país todo.
Troquei uma ideia com o Piores e o Bbto, respectivamente o MC e o selektah que lideram o projeto, para entender as motivações e histórias por trás das movimentações que vêm sendo feitas por eles.
Antes de tudo, como surgiu a Raridade Records?
Piores: A Raridade era inicialmente um projeto de boombap — coisa de seis, sete anos atrás — eu e o meu camarada Si-Jay, que é o mano que tá com nós na produção até hoje. Ele nunca parou de produzir, mas eu parei de escrever, e aí meio que a Raridade estancou.
Eu comecei a estudar o grime há uns quatro, cinco anos — mesmo não escrevendo, eu já estava estudando — e essa energia do grime me puxou de novo a fazer música. Foi um trabalho, de início, meio que efêmero, momentâneo, só de falar: “mano, nós sabemos fazer isso aqui também, vamos fazer um para ver como é que sai”. E aí fui eu, o Trava e o Larz. Eu botei os manos para estudar comigo, o Lars canetou as letras especialmente para o set, e ele também era de um gênero que não era o grime, não era acostumado com o bagulho, e as conexões começaram a acontecer. Conheci o Bbto porque ele começou a nos seguir, nós começamos a seguir ele, a gente era de cidades próximas e as conexões foram fluindo.
Então o projeto surgiu espontaneamente com esse primeiro set, sem ter muito a ideia exata do que viria a ser?
Piores: É, mano, sem muita pretensão. A gente sabia que queria fazer alguma coisa no grime, mas a gente ainda era muito novo no que estava fazendo — por mais que já estivesse estudando, para você entrar na cena é diferente. E aí surgiu esse primeiro set, que é o meu set com o Travain e com o Larz — a galera abraçou a ideia e nós continuamos.
Primeiro set da Raridade Records
E o que mudou desse começo até os dias de hoje? O que virou o projeto?
Bbto: Eu acho que, com o tempo, acabou se formando mesmo um coletivo, tem várias pessoas ali que ajudam. Estou eu e o Gabriel aqui na entrevista, mas, pô, tem o Sid que tá lá desde o começo, tem o Raulzinho que sempre dá uma força pra gente, tem os meninos de Londrina também que, sempre que dá, fortalecem, então realmente virou um coletivo.
A gente começou a fazer os sets, que é onde a parada se movimenta, né? Todo mundo que faz um grime, acaba fazendo um set de grime para postar e de pouco em pouco a gente vai conseguindo fazer também alguns outros materiais.
Hoje a gente se propõe a fazer um conteúdo na net, a ter alguns materiais complementares explicando e fomentando a parada — porque é um bagulho underground, então é importante a gente explicar para a galera que tá chegando e que não sabe do que aquilo se trata — e tem parte de soltar música também, tem o BandCamp, o Gabriel tem som lançado na pista, tem bastante coisa. É realmente um grande coletivo, e a gente vai produzindo de acordo com a demanda e com o que cada um consegue oferecer.

Piores: Começou despretensioso, mas no dia da gravação do primeiro set a gente já entendeu que aquilo também era para nós — porque tomar um rewind, mano, é uma sensação que pouca coisa explica. Essa energia é um bagulho que não tá no nosso dia a dia, infelizmente, e é por ser uma intervenção estética, que dá a condição para a gente ter esse sentimento.
“O rewind é o fato de você girar o jog da cdj, ou o disco para trás, fazendo a música começar novamente. (…) acontece de acordo com a reação do público — se na hora da virada, a galera gritar, pular, o dj dá o rewind para que aquele momento seja repetido.” - Bbto
Muito cedo nós já entendemos que aquele ali era nosso lugar também e que a gente não queria visar só nós — queríamos também chamar o máximo de gente possível, colaborar com o máximo de gente possível e fazer acontecer a cena do grime no Brasil, independente de ser a Raridade ou não.
E isso aparece muito nos trampos de vocês, esses conteúdos que contam a história e mostram artistas de todos os lugares — levando a cultura para muita gente, com diversidade e pluralidade. Qual é a importância de fazer tudo isso?
Bbto: É o respeito com o movimento. Hoje eu toco grime, a gente faz as paradas da Raridade, mas eu vim de um outro contexto de música, sempre ouvi muito hardcore, e acaba sendo o tipo de gênero que as coisas são feitas dessa maneira também — você junta quem tem, é uma cena pequena, é uma parada de quebrar estética, é uma proposta diferente do que vem sendo feito.
Você vai criando isso dentro de você até o momento que você tromba com um gênero como o grime, ou qualquer outro gênero de música um pouco mais quebrado, um pouco mais difícil de digerir, e você entende aquilo como uma proposta semelhante e vai criando essa identificação, tá ligado?

É realmente se identificar com a proposta toda que vem, ter o respeito com o movimento e entender que a gente não tá no país de origem, é uma coisa nova — o bagulho é do final dos anos 90, quando você para pesquisar na ponta do lápis — então é importante divulgar para que as pessoas realmente consigam entender, que a gente consiga trocar ideia com outras pessoas, que as pessoas venham trocar ideia com a gente também e fomentar, porque é toda uma parada que tá em torno disso. É o MC, é o DJ, é a cultura, é o país de onde veio, é quem tá fazendo, são as pessoas envolvidas e realmente fazer com que a cultura seja fomentada dessa maneira.
Piores: Acho que nós temos uma responsabilidade interna com o grime. Da mesma forma que essa cultura nos puxou, nós queremos impulsionar ela pra frente, tá ligado? Era para nós termos mais projetos, se a gente pudesse viver da música, a Raridade ia ser muito maior. No sentido de ter muito mais conteúdo, porque ideia nós temos muitas, o problema é que a gente trampa, tem a correria do dia a dia — eu tenho meus corres na filosofia, meus corres acadêmicos, mas eu tenho essa responsabilidade com a parada.
E é muito importante salientar que o grime é uma cultura extremamente marginalizada — underground, marginalizada e estigmatizada — então eu acho que é nosso dever ajudar a propagar isso.
Porque querendo ou não, as vozes da periferia são as que menos são ouvidas, né, mano? Não estou falando que somos exatamente da perifa, mas nós temos o rolê na rua, já nos identificamos com muita coisa que rola na rua — o grime é uma delas, e a nossa forma de mostrar o nosso respeito pela cultura é justamente impulsionando ela pra frente.
Você comentou sobre esse seu lado acadêmico, como ele se relaciona com o seu trampo no grime?
Piores: É muito louco, porque por um lado conecta muito e por um lado desconecta muito. Eu sou formado em filosofia, tenho doutorado em filosofia e a minha tese de doutorado é sobre pixação — eu fui muito envolvido com o movimento da pixação, e sou até hoje, porque quem começa nunca vai parar.
Desde o início da minha trajetória acadêmica, o meu objetivo era estudar intervenções marginalizadas. De alguma forma, trazer a rua para a academia e levar a academia para a rua, sem que nenhuma se coloque sobre a outra — e nesse sentido, a academia tem que aprender muito ainda com os movimentos marginais.

A minha tese é a primeira do Brasil a trabalhar a pixação, sendo que a gente acorda, sai para a rua, vê pixação — no meio do trampo, no trajeto na cidade — então como que na filosofia, que reflete sobre a condição humana, ninguém nunca escreveu sobre a parada aqui no Brasil? As outras humanidades todas já escreveram sobre, mas a filosofia, que tem uma preocupação com a beleza, com esses ideais, não.
Então o que eu tento fazer, tanto no grime quanto na academia, é essa questão de propagar a cultura marginal, e dar o devido respeito que ela merece. O meu corre na filosofia é o de tirar a filosofia do pedestal e trazer ela para baixo, que é onde a gente tá.
E acho que isso aparece muito no trampo de vocês, com os conteúdos no Instagram principalmente. Queria saber do Bbto, como que é o preparo por trás dos vídeos do #bbtoexplica?
Bbto: Vou até tomar o espaço para falar, eu também tenho minha formação de publicidade, então eu acabo trazendo isso para a nossa conversa, não só nos #bbtoexplica, mas em tudo que a gente acaba fazendo — é evento, é arte, é como a gente está se comunicando — a gente tenta também ter esse cuidado estético, visual, com o conteúdo, fazer um negócio bonito que tenha um enquadramento da hora, uma iluminação... A gente começou a colocar recentemente uma legendinha para ajudar quem tá vendo também.
A gente acabava conversando sobre vários assuntos que hoje são pautas lá, às vezes porque um ou outro não sabia e aí acabava trocando ideia, matando essas dúvidas. O próprio #clashraro, foi uma coisa que, até o Gabriel sentar comigo e me explicar como é que era, eu não fazia a menor ideia — já tinha visto vídeo, só que para mim era dois caras falando um monte de coisa — e eu trazia muito o rolê da batalha que a gente vê aqui no Brasil, por exemplo, que é um formato consideravelmente diferente.

A gente sempre trocou essa ideia, e quando a gente decidiu fazer um conteúdo diferente para a Raridade, um vídeo falando sobre essas paradas, foi tudo muito naturalmente — "pô, eu sou um cara curioso, eu tenho um celular, tenho tripé lá em casa, dá para fazer, vamos fazer". Ainda tá no começo, então a gente acaba pegando temas muito superficiais — que tem que ser, para a galera realmente começar a entender o que são as coisas — e a ideia é cada vez mais ir aprofundando os conteúdos e trazendo algumas questões.
Então a gente começa ali falando sobre o que é um gunfinger, e a gente tem um vídeo mais recente falando sobre a questão do formulário de opressão policial que existe com o gênero — é tentar cada vez mais trazer um conteúdo que seja interessante e que também esteja dentro, não só do contexto do grime, mas também toda a parte cultural que ele tá inserido, o lugar e todo o cenário.
E quando vocês começaram a fazer os rolês, a rapaziada já tinha algum algum entendimento sobre o que era o grime, de como eram os rolês? Como foi fazer os primeiros eventos da Raridade?
Bbto: Já teve rolê de grime em Maringá, não fomos o primeiro rolê que aconteceu. Já trouxeram o diniBoy, do Brasil Grime Show, e o Meio Feel também em uma outra edição, então a galera começou a entender já nesse rolê um pouco do que se tratava.
Quando a gente foi fazer, a gente teve esse apoio de entender que já aconteceu na cidade, mas também tem outro lado de que aconteceu faz um tempo já, para mais de dois anos — e a gente tem uma galera que sabe muito, mas acaba sendo gente de internet, não necessariamente daqui. Às vezes é da região, de Londrina, de Paranavaí, e acaba colando, mas a gente tem um alcance de internet que são de pessoas que não vão se deslocar de outro estado para vir, então é o equilíbrio e incerteza para caralho.


Flyer do 144bpm e Piores amassando o mic no rolê (foto: @aesseve)
Piores: Mano, muita incerteza. No primeiro e no segundo rolê, nós ficamos com muito frio na barriga, porque achávamos que a galera não ia colar, e para a nossa surpresa, a galera abraçou muito. Nós saímos perdendo muito pouco, não rendeu financeiramente, mas isso não importa devido o que a galera viveu ali com nós e proporcionou ali com nós. Energia de rolê é uma parada surreal — você tomar um rewind com a galera gritando, todo mundo pulando, é um bagulho especial. Se não fosse a galera ter abraçado as ideias, nós não íamos continuar fazendo rolê, tá ligado?
E imagino que dessas situações surgem várias conexões que vão se aglutinando ao projeto, né?
Piores: É muito louco pensar que quando nós começamos, a gente era em cinco, seis pessoas no máximo, e hoje nós temos uma rede enorme de pessoas — que não se dedicam só ao grime, mas que se interessam pelo grime, querem fazer acontecer a cena, se dedicam, estudam. Porque o grime é difícil, você não pode chegar em um set sem ter minimamente estudado antes, isso é perigoso.
Bbto: É muito massa ver que hoje tem uma galera que tá a fim de colar com a gente — que sempre que dá fortalece — chama para tocar, para fazer um rolê, quer participar de um set também, fazer um B2B, tocar um set sozinho. E aí de pouco em pouco, você vai criando a rapaziada que cola no rolê, que fortalece, que toca com a gente, e vai fomentando a parada, tá ligado?
Set com os MCs na segunda edição do 144bpm
Piores: E as minas, mano — não que você não quis dizer isso, Bbto, mas só colocando essa fita — porque quando nós começamos, era bem difícil encontrar as minas para rimar no grime, em Maringá especificamente. Demorou um pouco, mas conseguimos também um retorno da galera, a vontade da galera fazer, e hoje em dia nós temos condição de fazer um set só com mina ou com mais mina do que mano, isso é muito da hora também, porque a gente sabe que o grime ainda é muito masculino, vamos dizer assim.
Nesse sentido, vocês também têm o projeto Deus abençoe o/a selektah — que tem uma importância óbvia de divulgar o trampo dos DJs, mas queria saber o que motivou vocês a fazerem isso especificamente.
Piores: Tudo começou no nosso primeiro rolê que umas três pessoas tomaram rewind e falaram: "Deus abençoe o selektah!". Os manos de BH, de Curitiba começaram a falar, e nós já estávamos com essa ideia de fazer um um quadro destinado aos selektahs, e aí a gente criou com esse nome. É aquela fita — sem um MC você consegue fazer um set de grime, mas sem o selektah não. A intenção é trazer pessoas de fora do Brasil também, mas isso aí demanda mais tempo e conversa, né?
Bbto: É a primeira parte da cultura mesmo. Quando você vai falar de grime, fazer a engenharia reversa e você chega lá em música jamaicana, você vê que tem uma grande importância em ser o DJ.
O segundo episódio foi com a Camiska, selektah braba de Araçatuba, SP.
Do ponto de vista de DJ também, é da hora fazer um set de grime em que você fica só chapando nos beats, você consegue colocar as músicas que você gosta de colocar e às vezes você não vai tocar com MC porque tem vocal e também conseguir fomentar um conteúdo que não seja somente set com MC, ter um conteúdo que acaba sendo diferente.
A gente não está em uma cidade grande — claro que a gente vai se virando, ao longo de todo esse tempo a gente se virou arranjando gente toda vez — mas você vê que com o tempo, você tem que trazer alguma coisa nova. Tem que trazer gente nova, tem que trazer rima nova, acaba sendo um trampo, você tem que organizar tudo — é organizar a agenda de todo mundo, colar em tal lugar, ter o pico, fazer gravação, captar, tudo isso.
Então também é a gente conseguir ter alguns conteúdos que vão ser um pouco diferentes, ter um negócio realmente diferente com pessoas novas. E é muito bom porque a gente quebra o limite geográfico, tá ligado? O máximo que a gente pede para pessoa é: “filma como puder, está ótimo, você grava o áudio, manda pra gente e boa". Isso permite que a gente pegue muita gente que tá ali com a gente na net, dando salve, que a gente já encontrou em algum momento, e traz esses caras para participar dentro da nossa parada, ter uma coisa junto com a gente.

Vocês falaram algumas vezes sobre quebrar a estética, eu queria entender um pouco o que vocês querem dizer com isso.
Piores: O grime, por si só, é uma quebra estética enorme. Qual é outra intervenção artística que quando a parada tá no ápice, você vai lá e interrompe? Eu não consigo pensar em outra. O grime traz isso, quando a parada sobe lá em cima, pum, é rewind, mano, começa de volta.
A gente sabe muito bem disso, porque a maioria das pessoas ainda não entende o que é o rewind, ainda não sabem apreciar isso. São vários fundamentos do grime que por si só já são uma quebra estética, e o nosso papel é só potencializar mais isso. Potencializar esse lado da negatividade da arte. O grime quebra diversos parâmetros da arte, mas consegue preservar o que é mais importante, que é a sensação de liberdade, proporcionada pelo momento.
Bbto: É um pouco do que eu tinha falado também — eu me interesso muito mais pela parte de beat e de produção, por tocar. Então quando eu comecei a conhecer e ouvir os beats famosos — Roll Wid Us, o refix mesmo do International Roll, Forward Riddim, Ghetto Kyote, você vê que muitos deles são refix de algumas músicas. O próprio Hypnotized do Trends, que é o refix clássico do som do Notorius — o cara pegou aquela parada que é uns 90 BPM, levadão, um boombap sujo e fez um bagulho que é dos top beats de grime. A gente falou do Meio Feel aqui mais cedo, tem o Mischief, o MX também, o Mesotron, que fazem muito refix — que é os caras pegarem alguns beats e reimaginar, tanto coisas que sejam do grime, quanto coisas que sejam de fora também.
Para mim significa um pouco desse rolê de quebrar também — é quebrar a ideia do que todo mundo conhece, fazer uma parada diferente e que tenha energia. Porque quando você fala de rap — você fala hoje de boombap e trap — acaba sendo uma coisa mais jogada, é mais levado, mais malaco, e o grime já não, mano.
Claro, tem também os beats que são lentos, tem todo tipo de coisa, mas ele tem uma proposta que o cara consegue trazer muito essa rima, muito essa vivência — principalmente no grime brasileiro que bebe muito do rap também, não vem tanto da eletrônico que nem a brisa dos caras de lá. Toda essa proposta acaba sendo muito diferente do padrão do que a gente tem hoje, que é um bagulho muito mais lento.
Então é abordagem lírica, é os beats que a gente toca, a gente chapa muito em escolher uns beat que não tem nada a ver com nada, que é para chamar atenção, tá ligado? E conseguir fazer o bagulho dentro da proposta que a gente se propõe a fazer sempre, desde o começo.

Considerações finais?
Piores: Mano, eu queria dar um salve para todos os coletivos underground do grime nacional. Não vou citar todos porque são muitos, mas é muito importante o trabalho de cada coletivo, em cada região. A gente tem núcleos espalhados pelo Brasil muito fortes, mesmo que não sejam em capitais onde o grime já é mais ou menos reconhecido, esse esforço, mano, é muito importante.
Bbto: É isso, é agradecer mesmo, todo mundo aí que tá com a gente, que comenta sempre nas paradas, galera que participa do set, a rapaziada que se dispõe principalmente ao trabalho de entrar na nossa pira, fazer o rolê com a gente ali, tá ligado? Isso a gente sabe que é um valor, todo mundo se dispõe um pouco do tempo, tem muita gente que ajuda.
Hoje estamos nós dois aqui, acaba que resolve grande parte das coisas eu, o Gabriel e o Raul — o Raulzinho também, ele acaba que não toca, não rima, mas é quem está por trás de tudo ali junto com a gente — mas também tem muita gente fora nós três que sempre fortalece quando a gente troca uma ideia, ajuda, tá junto. E acho que é isso mesmo.

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Viva o grime nacional.