Os ISMOS da arte moderna: Dadaísmo
O movimento que zuou a arte e mudou tudo

Se hoje você vê memes caóticos, arte que parece um grande “tanto faz” ou letras de música que parecem uma piada interna, agradeça ao Dadaísmo. Esse movimento foi tipo o troll supremo do mundo da arte – só que, no meio da zoeira, acabou revolucionando tudo.
Como assim, arte zoeira?
O Dadaísmo nasceu no meio do caos da Primeira Guerra Mundial, por volta de 1916. Enquanto o mundo pegava fogo, um grupo de artistas se reuniu em Zurique, na Suíça, e decidiu que a arte tradicional não fazia mais sentido. O nome “Dada” veio do acaso – dizem que foi escolhido abrindo um dicionário aleatoriamente. Isso já diz muito sobre o espírito do movimento: o absurdo era a regra.

O que os dadaístas faziam?
Basicamente, qualquer coisa que desafiasse a lógica e o bom senso:
• Marcel Duchamp pegou um mictório, assinou com um nome falso e chamou de arte (sim, ele trollou geral e criou a arte conceitual).

• Hannah Höch recortava imagens de revistas e jornais para criar colagens bizarras e provocativas.

• Tristan Tzara escrevia poemas cortando palavras de um jornal e sorteando a ordem delas.

O lema era: “Se a sociedade é absurda, então a arte também vai ser!”






Da esq para a dir.: Francis Picabia, Johannes Theodor, Kurt Schwitters, Marcel Duchamp, Raoul Hausmann e Hannah Höch.
Por que isso importa hoje?
Se o Dadaísmo fosse um conteúdo de hoje, ele seria um grande mix de memes caóticos, shitposting e arte conceitual – só que feito há mais de 100 anos. Ele abriu caminho para movimentos como o Surrealismo, o Punk e até a cultura dos NFTs.
A moral da história? Questionar tudo, não levar a arte (e a vida) tão a sério e lembrar que a provocação também é uma forma de expressão.